Hoje acordei pensando sobre as tendências que alienam a juventude. Quanto tempo dura as tendências? Quando é que a gente percebe q estamos sendo alienado pelo sistema, e colaborando com mais um modismo?...é foda!!!
Primeiro a geração hippie (anos 70) com o lema paz e amor: a natureza na essencia.
Ai veio a geração "new wave" (anos 80) com um visual pra lá de sofisticado, com bastante laquês nos cabelos e roupas brilhantes e coloridas. Porém, depois dessa fase veio a contrapartida: o visual tecnopop (quase brega) foi deixado de lado e ser 'cool' era deixar o visual cuidadosamente desleixado. Camisas de flanela xadrez e roupas cuidadosamente sujas marcaram o auge do grunge (anos 90). Mesmo nos lugares mais calorentos do Brasil se usava o visual oriundo da fria e chuvosa Seattle, nos Estados Unidos.
A onda também passou. Agora, (Anos 2000) a moda é posar de durão podre: cabelo pintado, corpo coberto de tatuagens e incrível cara de fodão. Piercings e Dreads às toneladas.
No entanto, essa nova moda traz uma perigosa diferença em relação às suas antecessoras: muitas das mudanças impostas ao próprio corpo são perenes. O laquê era fácil de tirar com áqua e as camisas de flanela só precisavam de uma boa máquina de lavar. Piercings e tatuagens, no entanto, podem ter efeitos muito duradouros.
Não, isso não é um ataque de conservadorismo de minha parte. Até porque eu e sou a favor da liberdade de expressão, do livre arbítrio. O problema reside no fato de muitos adolescentes estarem seguindo a moda para se sentirem vanguardistas e, depois que isso passar, vão carregar resquícios que podem nunca mais serem apagados.
O artista pode fazer o que quiser consigo — ele próprio vai rir disso depois —, mas, e a garotada?
Todos esses artistas têm uma coisa em comum: vendem uma imagem vanguardista, rebelde e transbordante de atitude. Os fãs querem isso, compram o produto (a banda) e o consomem avidamente. Daqui a um ano, a onda passa e esse pessoal vai ter que se adaptar a alguma nova moda para continuar vendendo seu produto. Esses artistas criticam a grande mídia, mas, guardadas as devidas diferenças, fazem exatamente o mesmo que a galera do axé, do sertanejo, do forró-brega, do pagode e outros movimentos descartáveis.
Portanto, meu amigo, o melhor mesmo é ter personalidade própria e ser você mesmo. Não ser um fantoche.
Detalhe: não tenho absolutamente nada contra nenhuma pessoa que age com naturalidade e sinceridade, muito pelo contrário. Porém, o grunge passou, o glam poser passou, as calças boca-de-sino passaram. Na hora que a moda do visual de drag queen revoltada passar, esses artistas vão precisar se adaptar a alguma nova moda.
Tomemos como exemplo o visual “emo” e “nu-metal”. São o arquétipo da moda: cabelos podres, maquiagem pesada, piercings no rosto, tatuagens até no cérebro, carinhas de mau e uma pseudo-atitude para justificar tudo isso. Como eles estarão daqui a dez anos? O que dirão quando virem as fotos desta época? Será que levarão no bom humor? Ou vão ser motivo de risos, como hoje o são os cabelos black power, as calças boca-de-sino, as jaquetas de franjinhas e outros adereços que já foram de "vanguarda" há alguns anos?
Mas o individuo verdadeiro e o movimento Rock n’ Roll genuíno, que estão aí há décadas, vão permanecer inabaláveis. Exatamente como estão hoje.
Um grande abraço a todos!
Lôdo
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